Irati, solo dos desbravadores, homens bravos abrindo caminhos pelas terras inóspitas, início de tudo.
Irati, da Covalzinho, dos tropeiros e da Maria Fumaça delineando os trajetos de uma vila que nasce e aponta para o futuro.
Irati dos imigrantes que aqui chegaram para plantar o futuro e colher o presente.
Terra dos poloneses, ucranianos, holandeses, italianos, alemães, trabalhadores que cultivaram e moldaram esse chão, povo alegre e sonhador.
Irati da miscigenação, dos costumes fartos e dos sotaques vastos.
Irati, das ruas de pedras preservadas, dos casarões de madeira e das belas igrejas, orgulho das gerações.
Irati, cidade de povo discreto, mas alegre e hospitaleiro, que recebe de braços abertos os seus visitantes, a exemplo da bela imagem presente no morro, que nos acolhe com seus braços estendidos a cada nova manhã.
Irati, cidade de um povo que preserva as tradições que não se perdem no tempo.
Irati, lugar de gente que vive o presente e planeja o futuro sem se esquecer do passado.
Do ontem, as recordações. Do hoje, a realização de um sonho plantado por aqueles que por aqui passaram. Do amanhã, a esperança de que o trabalho de todas as gerações ficará guardado na lembrança daqueles que aqui, um dia irão pisar.
Autor
Leandro Ditzel
Esse texto foi premiado no Concurso Literário de Irati - 2010 pela Academia de Letras, Artes e Ciências do Centro Sul do Paraná - ALACS.
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